Apesar de hoje em dia grande parte do conhecimento poder chegar à maioria da população, ainda encontramos, além de vícios de uma educação repressora em determinadas tradições que inibem a expressão da sexualidade, uma falta de valorização da nossa vida sexual.
E não estou me referindo a culturas muito diversas da nossa, como os países muçulmanos, onde as mulheres são obrigadas a se cobrir inteiramente com as burkas e algumas ainda têm seus clitóris extirpados com cacos de vidro infectados.
Falo de nosso dia a dia comum nas cidades, de nossa rotina tão veloz, na qual não sobra tempo para a alimentação, eliminação, sono e sexo.
Não costumamos lembrar que sexo precisa de tempo.
A sexualidade de cada pessoa é exclusiva. Cada um pode amadurecer o seu próprio erotismo independentemente de um companheiro ou companheira.
Pode até dividir, compartilhar suas sensações, mas jamais perder de vista que a vida sexual é responsabilidade sua, somente sua e de seus próprios preconceitos. É bastante comum ver casais que chegam ao consultório buscando culpar seus cônjuges por suas falhas sexuais e insatisfações.
Este é o primeiro erro. Quando recebo um casal assim, já de início oriento que o casal é o meu paciente, e não o marido ou a esposa. Divido entre os dois as responsabilidades frente às suas queixas.
Duas das causas mais freqüentes de problemas sexuais são a falta de educação e orientação sexual ao adolescente e ao adulto jovem e a presença constante de repressões ao erotismo individual. As pessoas tendem a se esconder de sua sexualidade, assumindo uma roda-viva de afazeres.
Na maturidade, inúmeras dúvidas já foram sanadas, experiências já foram avaliadas e a oportunidade de se auto-redescobrir torna-se viável. É justamente na idade mais madura que podemos reavaliar nossos próprios conceitos e valores, assumindo novos caminhos e abandonando os ultrapassados.
Recomendações simples e práticas
Não se acomode em um sexo rotineiro. Muitas satisfações ainda podem ocorrer se você procurar sair um pouco de sua rotina. Convide seu parceiro para sair por um ou dois dias. Procure algum lugar calmo e privado. Deixe seus filhos com alguém responsável para não trazer preocupações durante esse período. Você pode sair a dois. Não precisa se culpar por isso. Aliás, você deve manter a individualidade do casal perante seus filhos, já os educando para que estes também possam sair a dois sem culpas. Deixe os problemas financeiros e de trabalho em casa. Você está saindo para namorar.
Busque em suas lembranças o que fazia seu parceiro feliz. Um jantar, um jogo qualquer, uma dança ou um simples passeio. Faça isso. Passe uma tarde agradável, evitando tocar em assuntos que possam inibir a harmonia da dupla.
Comece a noite de forma branda, sem muitas atividades e sem fazer uma refeição pesada. Na intimidade de seu quarto, fique apenas de roupa íntima, você e seu parceiro.
O primeiro exercício se chama Foco I. Acaricie o corpo de seu parceiro por uns 20 minutos, invertendo as posições para que você possa sentir o toque dele depois. Atenção, é proibido tocar nos genitais e mamas. Eleve o prazer, aguce os sentidos.
O Foco II consiste em poder acariciar agora todo o corpo, inclusive genitais e mamas, mas o orgasmo é proibido. Pode haver estimulação direta do clitóris e do pênis, mas o orgasmo ainda é vetado. Prolongue o prazer, espere um pouco. Pode-se assistir a um vídeo erótico ou ler algum livro estimulante. Não tenha pressa. A pressa é o fim do prazer. Fantasie um pouco. Divida com seu parceiro alguma fantasia que você jamais contaria para alguém. A intimidade não se faz só com toques, mas com o partilhamento de impressões, de fantasias e de sonhos. O constrangimento por vezes pode seduzir o parceiro, mas não se acanhe tanto.
O Foco III permite o orgasmo. Mas não vá direto ao ponto. Quando você sentir que é quase inevitável, pare por completo, só por alguns instantes. Depois recomece vagarosamente. Pode interromper a iminência de seu orgasmo por umas duas ou três vezes até, aí sim, chegar ao clímax. Não precisa sair correndo para o banheiro se lavar ou limpar a cama. Nada é sujo, o esperma e as secreções não são infectadas, não vão contagiar ninguém. Abrace o seu parceiro e lhe certifique que o amor ainda existe no casal e que a cumplicidade pode ser renovada.
Use a criatividade e deixe suas fantasias se exteriorizarem. Não as isole de quem você ama. Pelo contrário, partilhe em prol de uma vida sexual de renovação. Existem casais constituídos há 40 anos que conseguem adaptar sua idade e o tempo de convívio a uma vida sexual prazerosa. A fantasia permite que aqueles mesmos corpos possam se satisfazer um com outro, renovando e descobrindo cada vez mais sobre si mesmos.
Dê tempo a você para rever as razões de excluir uma vida sexual prazerosa de sua vida. Questione se não são seus preconceitos. Damos tempo (ainda bem) para dormir e recarregar as nossas energias. Por que esquecemos de dar
E não estou me referindo a culturas muito diversas da nossa, como os países muçulmanos, onde as mulheres são obrigadas a se cobrir inteiramente com as burkas e algumas ainda têm seus clitóris extirpados com cacos de vidro infectados.
Falo de nosso dia a dia comum nas cidades, de nossa rotina tão veloz, na qual não sobra tempo para a alimentação, eliminação, sono e sexo.
Não costumamos lembrar que sexo precisa de tempo.
A sexualidade de cada pessoa é exclusiva. Cada um pode amadurecer o seu próprio erotismo independentemente de um companheiro ou companheira.
Pode até dividir, compartilhar suas sensações, mas jamais perder de vista que a vida sexual é responsabilidade sua, somente sua e de seus próprios preconceitos. É bastante comum ver casais que chegam ao consultório buscando culpar seus cônjuges por suas falhas sexuais e insatisfações.
Este é o primeiro erro. Quando recebo um casal assim, já de início oriento que o casal é o meu paciente, e não o marido ou a esposa. Divido entre os dois as responsabilidades frente às suas queixas.
Duas das causas mais freqüentes de problemas sexuais são a falta de educação e orientação sexual ao adolescente e ao adulto jovem e a presença constante de repressões ao erotismo individual. As pessoas tendem a se esconder de sua sexualidade, assumindo uma roda-viva de afazeres.
Na maturidade, inúmeras dúvidas já foram sanadas, experiências já foram avaliadas e a oportunidade de se auto-redescobrir torna-se viável. É justamente na idade mais madura que podemos reavaliar nossos próprios conceitos e valores, assumindo novos caminhos e abandonando os ultrapassados.
Recomendações simples e práticas
Não se acomode em um sexo rotineiro. Muitas satisfações ainda podem ocorrer se você procurar sair um pouco de sua rotina. Convide seu parceiro para sair por um ou dois dias. Procure algum lugar calmo e privado. Deixe seus filhos com alguém responsável para não trazer preocupações durante esse período. Você pode sair a dois. Não precisa se culpar por isso. Aliás, você deve manter a individualidade do casal perante seus filhos, já os educando para que estes também possam sair a dois sem culpas. Deixe os problemas financeiros e de trabalho em casa. Você está saindo para namorar.
Busque em suas lembranças o que fazia seu parceiro feliz. Um jantar, um jogo qualquer, uma dança ou um simples passeio. Faça isso. Passe uma tarde agradável, evitando tocar em assuntos que possam inibir a harmonia da dupla.
Comece a noite de forma branda, sem muitas atividades e sem fazer uma refeição pesada. Na intimidade de seu quarto, fique apenas de roupa íntima, você e seu parceiro.
O primeiro exercício se chama Foco I. Acaricie o corpo de seu parceiro por uns 20 minutos, invertendo as posições para que você possa sentir o toque dele depois. Atenção, é proibido tocar nos genitais e mamas. Eleve o prazer, aguce os sentidos.
O Foco II consiste em poder acariciar agora todo o corpo, inclusive genitais e mamas, mas o orgasmo é proibido. Pode haver estimulação direta do clitóris e do pênis, mas o orgasmo ainda é vetado. Prolongue o prazer, espere um pouco. Pode-se assistir a um vídeo erótico ou ler algum livro estimulante. Não tenha pressa. A pressa é o fim do prazer. Fantasie um pouco. Divida com seu parceiro alguma fantasia que você jamais contaria para alguém. A intimidade não se faz só com toques, mas com o partilhamento de impressões, de fantasias e de sonhos. O constrangimento por vezes pode seduzir o parceiro, mas não se acanhe tanto.
O Foco III permite o orgasmo. Mas não vá direto ao ponto. Quando você sentir que é quase inevitável, pare por completo, só por alguns instantes. Depois recomece vagarosamente. Pode interromper a iminência de seu orgasmo por umas duas ou três vezes até, aí sim, chegar ao clímax. Não precisa sair correndo para o banheiro se lavar ou limpar a cama. Nada é sujo, o esperma e as secreções não são infectadas, não vão contagiar ninguém. Abrace o seu parceiro e lhe certifique que o amor ainda existe no casal e que a cumplicidade pode ser renovada.
Use a criatividade e deixe suas fantasias se exteriorizarem. Não as isole de quem você ama. Pelo contrário, partilhe em prol de uma vida sexual de renovação. Existem casais constituídos há 40 anos que conseguem adaptar sua idade e o tempo de convívio a uma vida sexual prazerosa. A fantasia permite que aqueles mesmos corpos possam se satisfazer um com outro, renovando e descobrindo cada vez mais sobre si mesmos.
Dê tempo a você para rever as razões de excluir uma vida sexual prazerosa de sua vida. Questione se não são seus preconceitos. Damos tempo (ainda bem) para dormir e recarregar as nossas energias. Por que esquecemos de dar