O mundo está cada vez mais populoso e mesmo assim muitas pessoas sofrem com a solidão. E pior, muitos mesmo acompanhados (as), são solitários. Festas espetaculares e divórcios em menos de um ano, tem se tornado algo natural entre a sociedade. O relacionamento de hoje tem sido um jogo de interesses.
O casamento sempre foi uma instituição divina, mas tem deixado de ser para muitos. Uma pesquisa feita pelo IBGE, revelou que em 2011 os divórcios cresceram mais de 40% em menos de um ano. Foi um número recorde no Brasil desde 1984. Ainda segundo a pesquisa essa grande massa de divórcio tem explicação. O motivo foi a mudança na Constituição Federal em 2010, que reduziu o tempo transcorrido, em três anos, para sentenciar os divórcios.
Está certo, a Constituição facilitou o divórcio, então ninguém mais é obrigado a continuar em um relacionamento e conviver com quem não quer. Mas, qual o motivo das pessoas não se entenderem mais? O que está levando o relacionamento de hoje a durar tão pouco? Não é difícil achar uma resposta. Hoje, os tempos mudaram, tudo é mais fácil, e as pessoas se satisfazem por pouco tempo, porque podem trocar de parceiro quando quiserem. As pessoas já não se importam mais com os sentimentos de outrem. Nos dias de hoje, somos descartáveis.
A mídia é uma das más influências para o relacionamento de hoje,
onde o importante é a sua imagem. Você vale pelo que você tem e não pelo que é. Quantos e quantos casos que acontecem de pessoas trocarem um relacionamento de uma vida toda por uma noite? Ou simplesmente não trocam, vivem uma vida dupla, sem se importar com o sentimento do outro. Além da traição, a mídia também estimula a busca do prazer sem compromisso e isto não satisfaz a longo prazo, logo depois vem o vazio.
Quantas vezes escutamos coisas do tipo “…nossa, se eu tivesse uma mulher bonita assim ou um marido bonito assim…”. Infelizmente o mundo está cheio de pessoas fúteis que nos comparam com modelos, artistas – que tem obrigação de cuidar da imagem – e pressionados a sermos assim, como se existisse um padrão de beleza a seguir e fossemos obrigados a isso. Mas, não vivemos nessa realidade. Somos cidadãos comuns que trabalham todos os dias, que cuidam de filhos, da casa, que tem preocupações e outras prioridades na vida. Gostamos sim de estarmos bem, de receber elogios, mas não vivemos para isso. Valorizar alguém com a qual não convivemos é fácil, pois, quando não convivemos só enxergamos o superficial, só o que tem bom.
Outro motivo associado ao tempo curto do relacionamento de hoje é o fato do casal não ter se conhecido o suficiente para subir ao altar. Muitos se casam na euforia da paixão e esquecem que paixão acaba e o que resta no final de tudo é o amor, ou seja, o respeito, a compreenssão. E quando a paixão acaba, o casal percebe que não consegue se entender, pois, não tem os mesmos objetivos, então a convivência se torna impossível.
O egoísmo também faz parte do relacionamento de hoje em dia. As pessoas estão cada dia mais individualistas e levam isso para o relacionamento de hoje, esquecendo que casamento se faz com união. As pessoas simplesmente não enxergam mais uns aos outros, pensam apenas em si mesmos. Se não correspondemos as expectativas do outro, simplesmente somos trocados. O relacionamento de hoje está cada vez mais frágil. A paciência, a compreensão, o se colocar no lugar do outro, já estão raros. E quando se vê é motivo de admiração. Os relacionamentos estão tão banalizados que chegamos ao ponto de admirar algo que nunca deveria deixar de existir: o respeito.
Não podemos viver para agradar ao outro, esquecendo de nós mesmos. É certo que mesmo estando em um relacionamento, temos sonhos diferentes, não pensamos iguais, mas é preciso saber ceder e dar importância ao desejo do outro também. Somos diferentes? Somos! Mas, vamos fazer por onde vivermos de maneira que os dois realizem seus desejos e sejam felizes. Isso é união!
Todos nós desejamos ter uma companhia e que esta dure o resto de nossas vidas, mas como já sabemos, não existe receita para um relacionamento de hoje durar e não há nenhuma garantia para isso. A única certeza que temos é que haverá conflitos, haverá desentendimentos e cabe a nós sermos mais flexíveis, mais tolerante e mais empáticos.
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